Uma visão do Egito Antigo

Publicado: 22/09/2011 em Uncategorized

Trailer do filme “A Múmia”(1999) exemplifica como a arte produzida no Egito Antigo foi vista e é vista ao longos do anos.

Voltar aos vídeos.

Estilo Egípcio

Publicado: 21/09/2011 em Uncategorized

      O que nos faz identificar imediatamente um desenho egípcio? A silhueta dos personagens, a sua gesticulação, a composição em registros, a presença de textos hieroglíficos.

      No desenho egípcio nada deve ser fugaz, tudo deve ser “decomposto” sobre um espaço estritamente organizado a partir de duas dimensões. Apoiados sobre uma linha horizontal, os personagens apenas podem se mover segundo um eixo, nas duas direções: da direita para a esquerda ou inversamente.

        O relevo utiliza as mesmas escolhas do desenho. O volume serve apenas para sugerir, de um modo ilusionista, a espessura dos corpos, mas jamais a profundidade de campo de uma cena complexa. A acumulação de personagens agrupados é restituída pela superposição deslocada: um corpo passando a frente do outro. Para compensar, os outros elementos da composição são quase sempre separados dos personagens, uma árvore ou móveis serão figurados ao lado ou acima, evitando a superposição das imagens. A mensagem é muitas vezes complexa, pois é preciso interpretar as cenas justapostas como simultânea.

Representação de lago egípcio

        No desenho, bem como na estatuária, os egípcios parecem proceder por um agrupamento de composições retangulares. O espaço das composições egípcias aparece dividindo segundo as linhas verticais e horizontais. Graças ao jogo de mudanças de escala, vínculos formais podem associar muitas cenas pequenas a uma cena maior que as relacionam. Na maior parte do tempo, na parede da qual ele é o encarregado, o artista utiliza soluções já prontas.

Exemplo de pintura egípcia.

       A silhueta humana, tema primordial da arte egípcia, é restituída segundo os princípios gerais: nenhuma redução é cogitada. O famoso “perfil egípcio” é a síntese de uma sucessão de visitas de perfil e de frente: a cabeça de perfil e o olho de frente; ombros de frente e o rosto do tronco e as pernas de perfil; as mãos voltadas de frente. O umbigo está no limite do ventre a fim de dar volume, o torso também é visto de perfil. Tais escolhas, ao mesmo tempo características e elegantes, criam uma silhueta “egípcia” também chamada de aspectativa. Ela permaneceu imutável durante os três mil anos de civilização faraônica.

Lei da frontalidade, característica da arte egípcia.

____________________________________________________________________

Para voltar à seção Arte, clique aqui.

         Para os antigos egípcios, dar forma a matéria não era um ato de puro deleite, mas os fundamentos do ato artístico encontram-se fora das preocupações estéticas em si mesmas: eles se situam na esfera das crenças relativas aos mortos e aos deuses. Desenhar esculpir e pintar permite dar corpo as presenças invisíveis nas quais o espírito humano acredita criar objetos reais para os ritos que lhe concernem, fabricar suportes para todos os gestos essenciais que asseguravam a ligação ente os humanos e o mundo dos deuses. Por isso a arte egípcia era uma arte funcional. Ela tinha a função primordial de manter a vida pós-morte e isso lhe dava a característica de ser mágica.

Representação de uma mumificação com o deus Anubis.

Sarcófago de Khonsutefnakht

            O aspecto mágico das representações é maior; o mesmo ritual de “animação” é executado sobre as estátuas e sobre as múmias. Considera-se que ele é capaz de abrir a boca e os olhos, a fim de fazê-los viver. Um grande número de estelas aos mortos contêm um “apelo dos vivos”. Trata-se de uma prece na qual o morto representado na estela se dirige aos passantes presentes e aqueles que virão no futuro para lhes suplicar que recitem uma oração a seu favor, a qual fará surgir magicamente o alimento, bem como pronunciar o nome do morto a fim de fazê-lo reviver.

          A arte não apenas completa a realidade, ela é igualmente um meio de fazê-la perdurar e de comunicar uma mensagem ao presente e para as gerações que virão. Trata-se de uma arte que com certeza se dirige a um visitante, mas feita para desempenhar uma função que é certamente bem diversa daquela de nossas modernas exposições.

____________________________________________________________________

Para voltar à seção Arte, clique aqui.

As pirâmides

Publicado: 15/09/2011 em Uncategorized

Programa do Discovery Channel que narra a história das pirâmides.

 

 

 

Voltar aos vídeos.

Arca de Tut

Publicado: 14/09/2011 em Uncategorized

         O objeto acima seria uma caixa ou uma espécie de arca, onde eram guardadas utensílios de uso do próprio faraó, como roupas, colares e sandálias, materiais que faziam parte da vida cotidiana do rei, quando ela muda de cenário e passa a ser do material funerário do soberano, ela toma para si um sentido mágico, como as imagens que nela foram pintadas, que retratam principalmente o faraó mantendo a função de Maat derrotando seus inimigos, isso servia para identificar o faraó na vida após a morte para que ele fosse reconhecido no seu novo lar. Está arca foi encontrada em 1922, pelo egiptólogo Howard Carter depois de seus esforços e pesquisas na região do vale dos reis.

          A imagem retratada da Arca de Tut mostra o faraó Tutankhamon em uma espécie de carro de guerra, que em sua mão se encontra um arco e flecha. O faraó se apresenta num tamanho maior que as outras figuras retratadas, e que praticamente sozinho destrói grande parte de seus inimigos a sua frente, isso demonstra, com efeito, que o soberano estaria à frente no comando absoluto do exército.

          Em relação a diversidade das cores, podemos destacar um fundo branco, que provavelmente seria marfim e o dourado sendo o ouro, o qual representava a divindade do faraó. Tal faraó aparece mantendo as funções de Maat, estabelecendo a ordem e a justiça para o seu povo e logo atrás dele aparecem tropas de soldados em carros de guerra todos em ordem e organizados, podemos ver também que embaixo do cavalo que Tutankhamon dominava em seu carro de guerra e em meio aos mortos temos a presença de animais, que possivelmente são cachorros atacando os inimigos do rei.

            Em contrapartida, acima do faraó podemos observar a presença de aves, provavelmente abutres, que estariam representando a deusa Nekhebt, deusa do alto Egito e por Rá, deus do sol, sobre a cabeça do rei. Próximo ao rosto do faraó encontra-se hieróglifos e cartuchos que poderiam ser inscrições relativas ao seu nome.

_____________________________________________________________

Trecho de trabalho de análise de Fontes da disciplina de História Antiga I, semestre 2011.1, UFRN,  ministrada pela profª Márcia Vasquez.

Alunos: Giovanni Roberto e Alyson Alves

_____________________________________________________________

Voltar às obras comentadas.

A Paleta de Narmer

Publicado: 14/09/2011 em Uncategorized

        Ao relatar o nome de Narmer, a paleta parece testemunhar a união do Baixo e Alto Egito, que encontra argumentos em diversos sítios que vão desde o Delta até Abidos, os quais o nome do rei Narmer aparece como o unificador dessas suas partes egípcias.  É uma paleta de caráter cerimonial. A função das paletas era de ser um suporte para pigmentos, cremes e óleos, que se aplicavam sobre o corpo, sendo possível encontrá-las também dentro de móveis funerários ou como oferendas em templos. Elaboradas em diferentes materiais e representando uma mistura de elementos reais e mitológicos. Nisso, observamos o poder da religião na vida egípcia, que a concebia como essencial e parte integrante da sociedade. Desde a legitimação do poder faraônico, que era próprio deus vivo na Terra, e possuía o dever de controlar o seu domínio na Terra, mantendo MAAT, para que tanto o plano terrestre, o Egito unificado (Baixo e Alto Egito), como o dos deuses se mantivessem em equilíbrio, até as coisas mais simples do cotidiano egípcio, refletiam a sua visão mitológica de mundo. Assim, na arte é abundante essa representação.

       Nessa peça, podemos observar a importância da arte egípcia, que servindo além de documento histórico, revela-se como fonte fundamental para o entendimento das artes desenvolvidas nas gerações seguintes. Em seus baixos relevos, é possível observar algumas marcas já presentes em toda arte egípcia, como a perspectiva hierárquica ( em que os personagens de maior importância aparecem com maior tamanho, no caso, Narmer), a frontalidade ( torso frontal e pernas e cabeça de perfil) e a forma da disposição da narração em registros diferenciados. Representações de pelos faciais são raros, salvo a barba estilizada faraônica. Os inimigos subjugados aparecem com barbas. A arte egípcia criou idéias que foram se repetindo constantemente, satisfazendo as necessidades simbólicas da religião, cumprindo a sua função mágica de eternizar os fatos, de torná-los realidade através das representações. As artes teriam uma função, então, no Egito Antigo, de estar a serviço da religião e da realeza.

        Na parte posterior da paleta, podemos observar como grande cena o rei vitorioso do Sul, com sua coroa Branca, que representava justamente a região do Alto Egito. Na parte mais superior encontramos representações humanas bovinas em cada lado da serekh de Narmer. Há hipóteses que seja uma representação de Hathor, que está associada aos faraós, ou então uma representação de Bat, que posteriormente seria substituído e absorvido elementos em Hathor. Pode representar ainda o próprio poderio do rei, forte como um touro. Aliás, representações antropozoomórficas são recorrentes na arte egípcia. No centro das duas figuras humanas bovinas há a representação do nome Narmer dentro de um serekh, utilizado para fazer referência do rei com o deus Hórus. Faraó que seria a encarnação de Hórus durante a História egípcia. Chegando ao centro da cena, observamos o rei do Sul exercendo seu poder, retratado de forma triunfal sobre o inimigo subjugado. Cumpre nisto também o MAAT, pois livra o Egito dos perigos inimigos. Ele é retratado unicamente como vitorioso, todo o poder está nas mãos do faraó e não de um conjunto que compõe o estado. Há apenas uma espécie de servo pessoal que o acompanha, segurando suas sandálias. O fato de o rei estar descalço levam a hipóteses, sendo uma delas, a ligação do soberano com a terra. Os inimigos retratados nus e barbados seria uma forma de representá-los como bárbaros. O que se pode avaliar, é que há o contraste entre o triunfo do faraó e a derrota dos inimigos, numa forma de concretizar para sempre isto através das representações. Ainda é possível ver na cena um falcão sobre papiros puxando algo de uma cabeça. Uma representação plausível é que o falcão, representação de Hórus e , portanto, o governante divino original do Egito, legitima a ação do faraó, ao ser representado como se aprisionasse o inimigo do delta, representado pelos papiros.

        A parte frontal da paleta representa o Rei do Norte, com a sua coroa Vermelha, que representa o Baixo Egito. Seria a vitória definitiva do Rei do Alto sobre o Baixo Egito, que destrói os seus oponentes, unificando através da utilização da coroa Vermelha todo o Egito. A parte mais superior é igual a parte reversa da paleta, com as representações humanas bovinas e o serekh. Assim, o faráo seguido, possivelmente, mais uma vez pelo seu servo pessoal, um vizir ou um sacerdote e quatro porta-estandartes seguem como numa procissão a fim de verificar, inspecionar os inimigos que foram subjugados e decapitados, representando a derrota deles. A imagem dos animais fabulosos é de difícil interpretação. Considera-se, geralmente, que ela represente a união do Alto com o Baixo Egito. A domesticação de animais selvagens também é uma tarefa que cabe ao rei, e poderia cair mais uma vez no cumprimento de MAAT. A última cena representa mais uma vez a afirmação da conquista, vitória e poderio do soberano egípcio, que é representado pelo touro, símbolo de força e vigor e associado ao rei, que destrói os inimigos.

        Portanto, há um simbolismo militar grande nas representações da paleta, ressaltando através de várias cenas o caráter vitorioso do rei sobre seus adversários. O fato de Narmer utilizar em uma parte a coroa Branca, da região em que ele veio e na outra a coroa Vermelha, região que conquistou, aponta-o como o primeiro a conquistar com sucesso o Baixo Egito ou uma parte dele. O que se pode retirar é que Narmer empreendeu uma campanha militar vitoriosa por uma área pantanosa.

        Sendo assim, compreendemos o caráter cerimonial da paleta, que quer eternizar e ressaltar o feito do soberano egípcio.

_____________________________________________________________

Trecho de trabalho de análise de Fontes da disciplina de História Antiga I, semestre 2011.1, UFRN,  ministrada pela profª Márcia Vasquez.

Alunos: Kleyson Bruno e Rudá Pinho.

_____________________________________________________________

BIBLIOGRAFIA

BRANCAGLION, Antonio Junior. Manual de Arte e Arqueologia Egípcia. Rio de Janeiro: Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, 2003.

HORNUNG, E. O rei. In: DONADONI, S. (dir.). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994, p. 237-262.

PERÍODO Pré-Dinástico. Disponível em: <http://www.egito.templodeapolo.net/ver_fato_historico>. Acesso em 28 jun. 2011.

THE NARMER Palette. Disponível em: <http://www.ancient-egypt.org/kings/0101_narmer/palette.html>. Acesso em 28 jun. 2011.

THE NARMER Palette: The victorious king of the south. Disponível em: <http://www.reshafim.org.il/ad/egypt/narmer/index.html>. Acesso em 28 jun. 2011.

VERCOUTTER, J.  O Egito Antigo. São Paulo: DIFEL, 1986, p. 56-115.

_____________________________________________________________

Voltar às obras comentadas.

        A contenda entre Hórus e Seth é uma obra principalmente religiosa, já que tem como personagens os deuses. Porém uma análise mais profunda nos permite analisar elementos da sociedade egípcia refletida na sociedade divina.

        O enredo trata-se da disputa de Hórus e Seth pelo trono do Egito, que pertencia  Osíris, mas que ficou vago com seu assassinato. Este havia sido assassinado pelo seu irmão, Seth. E agora ambos, filho e irmão buscam o trono. Os deuses reuniram-se em um tribunal para discutir e julgar quem tem direto ao trono, porém o processo já dura oitenta anos. Enquanto isso os dois concorrentes armam combates e armadilhas para se mostrarem superiores. No fim da obra Hórus sai vencedor do conflito e se torna faraó.

        Ao analisarmos a vitória de Hórus sobre Seth podemos perceber uma das principais funções da monarquia egípcia. Ao derrotar Seth, Hórus mantêm a ordem ao impedir que o caos assuma o país e realiza a justiça ao vencer o assassino de seu pai. Hórus, como faraó e deus, mantêm a ordem, o Maat, algo fundamental para os egípcios. Isto nos permite ver melhor a relação entre o faraó e Hórus. Ambos mantêm Maat e governam o Egito. Por isso o primeiro nome da Titulatura Real Egípcia é o nome de Hórus. Pois tenta-se criar a ligação do rei como manifestação terra de Hórus.

       Outro elemento interessante no texto é o tribunal dos deuses. Composto pelos deuses da Eneáda, ele tinha a função de decidir quem deveria ocupar o trono egípcio. Porém ante a indecisão dos deuses o julgamento se arrasta por oitenta anos. Só com a intervenção de Osíris é que os deuses escolhem Hórus. Este tribunal representa que as decisões judiciais não eram tomadas em absoluto, mas com um conselho de pessoas, provavelmente para deliberar sobre a ascensão de um novo faraó ao trono quando a antiga dinastia se extinguisse. Em última instância pode representar a existência de tribunais judiciais independentes no Egito que tinham a função de julgar os crimes. Também podem representar pequenas assembléias administrativas e judiciais as aldeias comunitárias, existentes em todo o Egito. Essas assembléias ou conselhos chamavam-se de djadjast e kenebek e deliberavam sobre os assuntos da comunidade. Eram liderados pelos “notáveis”.

         Outro fato que pode ser analisado é em relação a herança. Como diz a própria Ísis ao inventar uma história para enganar Seth.

           Ah, deixa-me dizer-te, meu grão senhor! Fui mulher de um pastor e dei-lhe um filho. Meu marido, porém morreu e o menino por sua vez foi atrás do gado de seu pai. Mas então chegou um estranho, sentou-se em meu estábulo e disse assim a meu filho: “Vou surrar-te, tomar o gado do teu pai e expulsar-te!” Foi assim que lhe falou. Agora desejo convencer-te a defender meu filho. (ARAÚJO, 2000, p.160)

      Por esta história e pela própria luta de Seth e Hórus pelo torno podemos conhecer como era dada a herança. Fica claro que os bens devem passar para os filhos e não outrem e que a ursupação é um crime. Na história, o próprio Seth dá a sentença de um ursupador.

       Eu disse-lhe:”Deve-se, com efeito, dar o gado a um estranho enquanto o filho do pai está presente?” Assim disse a ela.”O intruso tem de ser vergastado com uma vara e expulso, e o filho colocado no lugar de seu pai”. Foi o que eu disse. (ARAÚJO, 2000, p.161)

       Em relação aos crimes, pode ser analisado o matricídio. Ísis ao intervir em um combate entre Seth e Hórus acaba por ferir este último o que o deixa extremamente zangado. Ele saca a sua faca e corta a cabeça da mãe e depois foge para as montanhas. Podemos supor que o crime de matricídio é algo extremamente monstruoso já que todos os deuses passaram a procurar Hórus para puni-lo e este teve de fugir.

        Ainda sobre as punições temos o caso de Anty. Anty, o barqueiro desobedece a ordem dos deuses e atravessa em seu barco Ísis até uma ilha , onde ela não poderia chegar,  em troca de um anel de ouro. Como punição por ter desobedecido ele tem os dedos dos pés cortados. Pela aplicação da pena podemos supor que era um castigo comum dado as camadas inferiores da população. Também podemos ver a história de Anty como uma espécie de aviso. Ao tentar obter riqueza, o anel de ouro, Anty desobedeceu aos deuses, os seus senhores, e por isso foi castigado. Assim Anty servia como aviso as camadas inferiores do que aconteceria se buscassem enriquecer ou a insubordinação.

        O sexo também é abordado no texto. A primeira abordagem acontece quando Hathor desnuda a sua vulva para alegrar seu pai, Ra-Atum, que estava triste. Ela consegue que seu pai mude de humor e ele ri. Pode-se perceber que o sexo está intimamente ligado ao cotidiano. A outra abordagem, bem mais interessante, é sobre o homossexualismo. No texto há uma relação sexual explícita entre Hórus e Seth. O que torna este fato incomum, já que o homossexualismo não é bem visto pelos egípcios, como está comprovado pelas fórmulas negativas do Livro dos Mortos. A relação sexual entre Hórus e Seth, porém não é uma relação de amor, mas uma tentativa de Seth de se mostrar superior a Hórus sendo o ativo na relação. Assim podemos chegar à conclusão de que o homem que era o passivo na relação era considerado inferior e era vergonhoso, como fica evidente pelos deuses cuspirem no rosto de Hórus.

_____________________________________________________________

Trecho de trabalho de análise de Fontes da disciplina de História Antiga I, semestre 2011.1, UFRN,  ministrada pela profª Márcia Vasquez.

Aluno: Marcos Arthur.

_____________________________________________________________

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Emanuel. As contendas entre Hórus e Set. In:______. Escrito para a Eternidade: a literatura no Egito faraônico. Brasília, UNB, 2000. p. 152-172

HORNUNG, E. O rei. In: DONADONI, S. (dir.). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994, p. 237-262

SILVERMAN, D. P. O divino e as divindades no Antigo Egito. In: SHAFER, B. E. (org.). AS religiões no Egito Antigo: deuses, mitos e rituais domésticos. São Paulo: Nova Alexandria, p. 21-107.

VERCOUTTER, J.  O Egito Antigo. São Paulo: DIFEL, 1986, p. 56-115.

_____________________________________________________________

Voltar às obras comentadas.

Estela de Iku

Publicado: 14/09/2011 em Uncategorized

     A imagem representada na estela funerária é composta por duas linhas de inscrições na parte superior da ilustração; logo abaixo pode-se verificar uma mulher sentada (senhora Iku) sobre uma cadeira com patas de felino e atrás de uma mesa de oferendas, no qual estão colocados pães e uma vitela à frente. Iku esta usando um toucado longo e liso, vestido justo e segurando na mão esquerda uma Flor de Lótus, simbolizando um movimento de aspiração da mesma. A estela esta inserida em um perímetro quase quadrangular e as figuras estão talhadas em baixo relevo. A senhora, a cadeira, a mesa e os demais elementos não estão simétricos.

       A estela de Iku localiza-se atualmente no Museu Allard Pierson em Amsterdam, na Holanda e remete a VI dinastia egípcia. A imagem foi esculpida em calcário e para isso utilizou-se a categoria relevo. Suas dimensões são: 34 cm de altura, 32 cm de comprimento e 2,8 cm de profundidade.

    De acordo com a cultura egípcia a morte representava uma continuidade da vida, por tanto havia toda uma preparação para o local que abrigaria o morto após essa passagem. Para a garantia do conforto nesta nova etapa havia oferendas de comida, enxoval, objetos pessoais e artigos como a estela funerária, que apresentavam imagens do cotidiano e da religiosidade do finado.

        A estela em questão contém a imagem da senhora Iku sentada atrás de uma mesa de oferendas com pão e vitela, em que o pão significava alimento do dia a dia e a vitela de ocasiões especiais, como festas; a flor de Lótus, inalada por Iku, é uma planta aquática símbolo do baixo Egito que significa renascimento; as patas de felino da cadeira, na qual ela esta sentada, pode estar relacionada com a divinização dada aos felinos pelos egípcios.

      A estela de Iku esta ligada a uma questão de vida aos mortos, no qual representava uma ligação do espírito do morto a sua imagem atual, ou seja, não demonstrava reflexo de temporalidade na aparência física. Outro assunto que vale ressaltar é a inscrição em relevo que esta acima da senhora Iku, que infelizmente não sabemos a tradução, mas deduzimos que seja algo referente à sua identificação em um contexto funerário.

    A desigualdade de tamanho dos objetos em cena com Iku pode referir-se a valorização de cada elemento, ou seja, como é uma mesa de oferenda, o tamanho é superior para apresentar uma grandeza e a cadeira esta em tamanho exagerado devido à adoração a que os egípcios tinham aos felinos.

_____________________________________________________________

Trecho de trabalho de análise de Fontes da disciplina de História Antiga I, semestre 2011.1, UFRN,  ministrada pela profª Márcia Vasquez.

Alunos: Tamires Feliciano e Huyliane de Souza.

_____________________________________________________________

REFERÊNCIA

BRANCAGLION, Antonio Junior. Manual de Arte e Arqueologia Egípcia. Rio de Janeiro: Sociedade dos Amigos do Museu Nacional, 2003.

IMAGENS. Disponível em : <www.cchla.ufrn.br/maat/imagens.htm>. Acesso em : 24 jun 2011.

MITOLOGIA egípcia. Disponível em: <  http://enciclo-egypthus.blogspot.com>. Acesso 28 jun 2011.

SHAW, Ian. The Oxford history of the ancient Egypt. United States: Oxford University Press: 2003. (resumo da obra)

_____________________________________________________________

Voltar às obras comentadas.

Colossos de Memnon

Publicado: 14/09/2011 em Uncategorized

            No caminho para as necrópoles reais do Novo Império, erguem-se duas grandes figuras de Amenhotep III desgastadas pelo tempo. Os Gregos deram-lhes o nome de Colossos de Memnon, o “filho da aurora”. A lenda contava que, ao amanhecer, Memnom chorava, diante da mãe, a sua morte na guerra de Tróia.

             O TEMPLO

             A obra deveu-se ao arquiteto de Amenhotep III, Amenhotep filho de Hapu, ao qual o rei, como prova de gratião pelo seu trabalho de construção, autorizou edificar, em Deir El-Bahari, o seu próprio templo funerário. O templo desapareceu devido a vários fatores, entre os quais a sua localização e os materiais usados. O fato de estar localizado na planície que o Nilo inundava anualmente provocou a corrosão progressiva do tijolo cru utilizado na sua construção. Além disso, em épocas posteriores, o templo foi usado como cantaria, ou fonte de pedras para outras construções.

            LOCALIZAÇÃO

              Na margem ocidental do Nilo, no caminho de Tebas para Medinet Habu e para o Vale das Rainhas, erguem-se duas imponentes estátuas sentadas do faraó Amenhotep III estas estátuas são os últimos vestígios do templo funerário do faraó e precediam o primeiro pórtico que franqueava a entrada. À margem ocidental do Nilo encontramos o Vale dos Reis, mas esse templo não se situava dentro do Vale, um local específico onde se encontram sepultados os faraós. O monte El- Qurn, cujo o perfil lembra uma pirâmide, domina toda a paisagem da margem esquerda do Nilo

            TRAÇOS DA OBRA

              Nos colossos de 16,6 metros de altura, as deusas protetoras da monarquia ornavam a cabeça de Memnon, os colossos usavam o enfeite de cabeça nemes. Na antiguidade, o Colosso mais ao norte emitia um somelhante ao de alguem chorando. Em ambos os lados do trono, estão gravados vários temas relativos à realeza, como o Sema-taui. Os colossos estão assentados sobre uma base sólida. Junto a uma das pernas de Amenhotep III, aparece a estátua que representa a sua mãe, Mutemuia. A esposa de Amenhotep III, Tyiy, representada junto às pernas do faraó. O Colosso situado mais ao sul sofreu menos com o passar dos séculos e permite-nos imaginar qual era o seu aspecto original.

 OS COLOSSOS DE MEMNON NA ATUALIDADE

              As majestosas estátuas do faraó Amenhotep III perderam partes importantes devido à erosão, aos terremotos, à intervenção do homem e à ação constante de agentes metereológicos, que alisaram a sua superfície. Contudo, o ambiente natural em que eles se encontram foi talvez  que mais alterações sofreu.

_____________________________________________________________

Trecho de trabalho de análise de Fontes da disciplina de História Antiga I, semestre 2011.1, UFRN,  ministrada pela profª Márcia Vasquez.

Alunos: Felipe Farias e André Fellipe.

_____________________________________________________________

BIBLIOGRAFIA

EGITOMANIA, O fascinante mundo do Antigo Egito. Os Colossos de Memnon. São Paulo: Planeta de Agostini, v. 2. p. 94-97.

DONADONI, Sérgio. O Morto. In:______.O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994. p. 215-236.

HORNUNG, Erick. O Rei. In: DANADONE, Sérgio(ORG.). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994. p. 239-261

BAINES, John; MALÉK, Jaromír. O mundo egípcio. Madri: Edições Del Prado, 1996.

JACQ, Christian. O Egito dos grandes faraós. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

http://www.paralerepensar.com.br/arte_egipcia.htm

_____________________________________________________________

Voltar às obras comentadas.

A arte egípcia

Publicado: 13/09/2011 em Uncategorized
Tags:

Características da arte egípcia:

Voltar aos vídeos.